Quem me dera, pois,
que sobre o meu coração,
desça tranquilamente
a tua coroa de paz,
e sempre que sinta medo,
que tu me enchas de coragem,
sempre que me sinta só,
que me dês a confiança,
sempre que me sinta fraca,
que me tragas a força,
e se alguma vez quiser negar a
minha vida,
se isso um dia se repetir,
que me lembres este amor
em que certo tempo aconteci
e aquele em que hoje aconteço.
Porque parece estar condenado
aquele que te vira as costas,
confiando num simples homem,
e apenas na força humana.
Julgando-se grande,
é apenas um arbusto
plantado no deserto,
nessa terra seca e árida
onde ninguém pode habitar.
Porém quem se deixa guiar
é como uma árvore
que cresce à beira de um rio
e cujas folhas não murcham.
Dá o seu fruto na estação própria
e tudo o que produz é bom.
Nem no Verão
deixa de florescer
e mesmo sem chuva
não deixa de dar fruto.